Wanderson Salazar da Silva é réu por ter estuprado e assassinado Maria Madalena Silva, em 2013. O julgamento ocorre hoje (17), nove anos após o crime. Wanderson era neto do ex-marido da vítima. Ele morava na casa de Maria Madalena, de favor, porque trabalhava com o filho dela. Segundo as investigações, ele cometeu o crime e depois foi trabalhar normalmente. O corpo foi encontrado pela família.
Segundo a denúncia do Ministério Público, o acusado agiu visando impunidade do crime de estupro, utilizando meio cruel, pois a morte foi causada por asfixia. Além disso, impossibilitou a defesa da vítima que foi surpreendida durante a madrugada, enquanto dormia.
O caso não leva o nome de feminicídio porque a Lei que tipifica o crime de feminicídio foi sancionada apenas no ano de 2015. No entanto, o réu será julgado por homicídio duplamente qualificado, podendo pegar de 12 a 30 anos de prisão, com pedido de agravante. O julgamento deve terminar no fim da tarde de hoje.
O Ministério Público do Maranhão faz a acusação através do promotor de justiça Carlos Róstão, que também foi o responsável pela denúncia. O titular da 1° Promotoria de Justiça Criminal pede para que o caso seja enquadrado na Lei Maria da Penha, o que seria um agravante e aumentaria a pena do réu.